Uma sexta-feira muito louca

Saí de casa por volta das oito da manhã, o destino era o Supermercado Walmart, na outra extrema da cidade, coisa de, em trânsito normal, o máximo de dez minutos, porém, tem sempre um porém, levei exatos 43 minutos para chegar e encontrar um bom lugar para estacionar, o que era um estacionamento amplo agora está dividido com barracas e tendas.

Peguei um carrinho, entrei e não consegui andar nos corredores do supermercado, que aliás parece, em situação piorada, o corredor do Mercado Municipal de Campos. Peguei a lista, organizada por Marina e... 70% dos itens pedidos não estavam nas prateleiras ou nas gôndolas, até mesmo a popularíssima Coca Cola estava em falta, só tinha disponível a zero, em todos os tamanhos, e a comum, apenas a de 1 /2 litro.

Claro que não fiquei, já tinha no carrinho os itens pedidos e, achava que seria um absurdo, sair para uma outra rede e completar. Deixei o carrinho onde estava e segui para o Super Bom, ao lado do Boulevard, e tome de engarrafamento, um trajeto de cinco minutos foi feito em meia hora, isto porque um motorista educado, claro que não era de Campos, me deu passagem no cruzamento.

Lista e carrinho na mão e lá vamos nós mais uma vez buscando os itens pedidos por Marina. Cola Cola de todos os tamanhos, preço até que não muito caros, pouco mais do que a outra rede, só que lá, no Walmart, não tinha a mercadoria. Anda prá cá e prá lá a procura dos produtos pedidos e nada, novamente sem completar a lista, agora com mais um pouco, 40% do encomendado pela esposa.

Entrei na fila do caixa, apenas dois funcionários para atender um grupo de pelo menos vinte clientes e uma outra, com o caixa aberto, mas a espera de uma senhora, ou seria senhorita, não sei, que foi até as gôndolas trocar um produto e o caixa ficou fechado a sua espera, coisa de quem se acha bacana ou com prestígio.

Esperei mais vinte ou trinta minutos, não cronometrei, e saí deixando o carrinho no corredor e tentei mudar a bandeira do supermercado e disse: - Vou até o Extra, quem sabe acho tudo por lá e gente suficiente para atender o povo. 

Isto já beirava às 10:30h da manhã, ou seja, duas horas perdidas tentando chegar a um supermercado ou comprar uns dez itens para suprir o almoço de domingo. Saí rumo a 28 de março e pensei, vou passar no Hortifruti que por lá encontro as frutas pedidas e posso encontrar a carne que Marina pediu. Tentei, só tentei, porque o trânsito deu um nó completo e o que era engarrafamento lá na 28 de março se transferiu para Formosa, Pelinca, Alberto Torres e todo o entorno.

Lentamente fui retornando para casa e com o som do carro tocando uns boleros com Julio Iglesias, Manolo Otero e Trini Lopes, e com o ar refrigerado dando conta, foi possível suportar as blitz da PM, em frente ao seu quartel, ao guarda municipal, em frente ao Mercado, fazendo confusão na liberação dos veículos e transeuntes, e cheguei à casa.

E quando comentei, no Armazém do Lenílson, onde parei após guardar o carro na garage do meu prédio, ouvi do amigo: "Isto é todo dia e toda hora, tormento total, bem feito prá você, porque não comprou aqui comigo, tenho preço e todos os itens pedidos por dona Marina".

Comentários

  1. Não conheço o Armazém do Lenilson, mas tenho absoluta certeza de que ele está certo. Wallmart é enganação total!! Minha esposa tem um mercadinho de bairro e os preços são infinitamente inferiores a quase todos os grandes supermercados da cidade, que fazem promoções em itens básicos, como arroz e feijão e detonam no resto.

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  2. É um mercadinho de bairro, só que nos reunimos nas sextas para a gelada sagrada. Errei mesmo, meu caro companheiro.

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  3. Tenho um sonho - comprar uma casinha ao lado do cemitério de BARRA DO ITABAPOANA para viver os últimos dias de minha vida por lá, andar tranquilamente de bicicleta ou a cavalo pelas ruas, pescar na foz do rio, andar pelas dunas e de barco, encomendar tudo que preciso de Campos (pelo telefone ou internet), recebendo as encomendas pelo ônibus (acho que lá também tem muitos armazéns) e finalmente ser carregado para o sepultamento sem dar muito trabalho, pois estarei morando ao lado do cemitério. Porém, como diz o meu bom amigo Dutra "tem sempre um porém",os filhos não aprovaram a ideia alegando que Barra fica muito longe, a esposa talvez não me acompanhará, aí estou a pensar... o que fazer? Vou ou não vou? Mas, até 2038 tomarei uma decisão, caso não seja Barra do Itabapoana voltarei para Campo Novo de Cacimbas. / Abrs.

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  4. Venha depressa, se demorar muito o "pregresso" chega por lá também, o Açu, que um dia meu amigo Carlos Roberto "Tostão" disse querer passar os últimos dias, já não pode sequer ser visitado pelos normais. Mas quando chegar por aqui eu estarei de volta prá terrinha pelo mesmo motivo.

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  5. Vem para São Paulo, Adílson. Aqui não tem disso, não. abs

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