Ouro para as meninas do seu Zé

O grito de "cala a boca", "fica quieto" que explodiu no final da decisão do vôlei feminino, oriundo da garganta seca da líbero Fabi, da seleção brasileira, pode ter sido direcionado a mim, a você ou a qualquer um dos jornalistas esportivos que fizeram críticas as meninas de Zé Roberto na primeira fase dos jogos, quando perderam duas partidas consecutivas e só se classificaram graças ao profissionalismo das americanas, que não entregaram o jogo contra a Turquia  como muitos pensavam que iria acontecer.

Após o primeiro set sofrível, derrota por 25x11, todos nós já colocávamos a medalha de ouro no peito das americanas e comentávamos, nas redes sociais, que o "apagão" voltava a acontecer no vôlei feminino do Brasil. Será que você não pensou o mesmo? Duvido muito, todos nós estávamos com a cara triste e pensando: "Vem mais uma prata por aí".

Porém, tem sempre um porém, na minha casa alguém acreditava na virada e não perdia a fé nas meninas do Brasil. Não era este que vos fala e sim Marina, minha esposa, fã do vôlei e que acompanhou passo a passo a trajetória deste time campeão. "Espere só que o troco vem no segundo set", dizia ela confiando no talento das jogadoras e na competência de Zé Roberto.

E não foi troco simples, foi um troco em três tempos e não só com raça, superação e força, mas na técnica, na qualidade de um ótimo jogo e na inteligência de um comandante, que sabe como lidar com as meninas e educado demais para extravasar qualquer ira ou ansiedade.

José Roberto Guimarães conquista o terceiro ouro olímpico e entra, mais do que nunca, na história dos Jogos Olímpicos como um dos grandes vencedores do esporte mundial. Não tem este só negócio de parabéns ou de viva o vôlei, tem abraços apertados enviados virtualmente e muita festa para as bi-campeãs olímpicas.

Comentários

  1. Perfeito Adilson... nada a acrescentar

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  2. Feliz com seu comentário, simples e objetivo. Obrigado.

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  3. Bom dia meu caro Adilson Dutra.
    Acordei bem cedo hoje e como sempre faço, leio seus ótimos comentários no blog. Você e o Tostão são maravilhosos.
    Meu caro Dutra, no meu entender o Brasil mais uma vez deixou a desejar em Olimpíada, uma medalhinha aqui, outra ali e nada mais, um país com a vocação para a prática de todos os esportes como o nosso, isso é muito pouco. O que falta? Com absoluta certeza, COMPETÊNCIA dos planejadores, só isso, pois recursos têm o bastante, talvez até de mais.
    Os próximos jogos Olímpicos serão no RJ e pelo que consigo deslumbrar até aqui, é preocupante, não com as festividades, transportes, hospedagem e acolhimento aos visitantes, isso o brasileiro (especialmente o carioca) dará um jeito, agora, nas competições..., preocupa e muito.
    Faremos um fiasco comparando com outras nações que recentemente promoveram Olimpíada?
    Austrália, Grécia, China e agora Grã-Bretanha aumentaram os seus quadros de medalhas de ouro ao promoverem uma Olimpíada em casa. E nós? Bem, só Mãe Diná poderá responder agora, mas, os resultados conseguidos até aqui com os nossos planejadores esportivos, não trazem muitas esperanças. Ainda mais que, nossos atuais atletas top de linha estarão quatro anos mais velhos, teremos substitutos do mesmo nível?
    Vamos que vamos! Quem sabe um dia Deus voltará a ser brasileiro.
    Abrs.

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  4. Concordo com tudo que foi dito e o Brasil acabou ficando na sua média de medalhas conquistadas. Sobre as olimpíadas aqui no Brasil, pela primeira vez discordo do amigo "Categoria", pois me preocupo e muito com o que vamos apresentar em termos de condições gerais aos atletas e visitantes. Agora no que diz respeito ao número de medalhas, em várias modalidades os árbitros na dúvida beneficiam o anfitrião. Pode ter a certeza que bateremos o recorde de medalhas e ouviremos muitas vezes dos nossos "organizadores e dirigentes" que viramos uma potência olímpica. Quando chegar os jogos de 2020 constataremos que tudo não passou de um sonho, não de verão, mas de um inverno de 2016. Já imagino o Sr. Nusman em 2016 falando do "legado" e da nova "potência" olímpica do esporte mundial. Pobre povo brasileiro que é obrigado a engolir tudo isso! Sobre o futebol, em poucas palavras, não temos técnico, não temos time formado e nenhum craque. Você há de me perguntar e o Neymar? Ainda poderá ser um craque respeitado no exterior, mas quando foi testado em jogos pela Seleção e no confronto do Santos contra o Barcelona, foi uma decepção. Ele só desequilibra jogando aqui no Brasil, a nível internacional precisa de mais amadurecimento e principalmente consciência tática. abrs

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