Onde há fumaça...


A vitória de quarta-feira, sobre o Juventus, pode ter deixado o torcedor alvianil em êxtase e confiante em uma promoção no final da temporada. A goleada, 6x0, imposta sem dó ou piedade, deixa a impressão de que tudo está no caminho certo e que o que virá pela frente é pura formalidade. Certo?


Errado. Meu companheiro aqui deste caderno de esportes, Raphael Petersen, chama atenção para um pequeno detalhe, em conversa reservada com este escriba. “É preciso saber o que a Ferj pretende para o próximo ano, se já derrubaram o Americano é possível que possa ter uma campanha contra o interior”, diz o amigo.


E é justamente aí que mora o perigo, dirá o alvianil menos otimista. Perigo de ver um investimento pesado cair por terra em um simples ato administrativo, como foi feito com o Americano FC esta semana no episódio da troca de mando de campo no derradeiro compromisso do alvinegro em sua casa e, queiram ou não, o jogo mais decisivo do ano para o clube de Parque Tamandaré.


O que pretende a entidade máxima nesta Segunda Divisão do Rio? Privilegiar seus protegidos ou fazer valer a lei do jogo e, como no jogo do bicho, valer o que está escrito? Assim, com alguns “afilhados” caindo pelas tabelas, caso de América e Cabofriense, criar novos aliados e usar armas letais, como troca de mando ou arbitragem tendenciosa para impedir que Goytacaz ou São João da Barra e até mesmo o líder Quissamã cheguem com tudo na reta final, não será grande novidade para todos nós.


Domingo o Americano penará em Macaé, sem o seu torcedor ao lado, contra o Nova Iguaçu, que não corre risco de caiu ou de atrapalhar um dos grandes, e amanhã o Goytacaz vai para Saquarema tentar passar por uma um obstáculo para se livrar da concorrência de América e Cabofriense.


Não quero crer que haja alguma conspiração contra o interior, mas o forte boato que rolou no mês passado, que gerou inclusive uma convocação de arbitral extra, dando conta que os grandes da capital queriam excluir viagens ao interior, me faz crer em pelo menos um desinteresse por parte da entidade para com seus filiados deste canto do Rio de Janeiro.


O melhor plano para tirar este estigma e manter acesa a chama da esperança, é vencer em Saquarema e em Macaé e deixar a pulga atrás da orelha dos adversários ou perseguidores. Uma vitória alvianil neste sábado dá ao clube da Rua do Gás mais inspiração de continuar brigando por uma vaga na fase final, ao Americano FC ainda há muito o que torcer no domingo ou na última rodada da Taça Rio.


O jogo deste sábado, além de dramático, pode ser considerado primordial para o futuro alvinegro dentro e fora dos gramados. Uma vitória sobre o Nova Iguaçu os ânimos voltam ao normal e o sonho continua, empate ou derrota as planilhas da Segunda Divisão deverão ser montadas imediatamente no Parque Tamandaré, e a pergunta fica no ar: Há alguém disposto a segurar a rédea em caso de derrocada?

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