O martírio e a maratona na terceira divisão do Rio

Pobre futebol profissional do Rio de Janeiro! Como sofrem os nanicos para tentarem sobreviver neste profissionalismo "furado" e enfraquecido do interior fluminense e, ainda por cima, são obrigados a aceitar regulamentos ridículos, que só beneficiam a entidade organizadora dos torneios, para tentarem seguir com sonho de um dia enfrentar um dos grandes na Elite do Futebol Carioca.


Hoje realiza-se a última rodada da primeira fase, quando vinte e um times se sobraram para contar a história da Terceira Divisão do Rio e destes, pasmem os amigos blogueiros, apenas cinco ficam pelo meio do caminho e dezesseis seguem em frente para jogar a segunda fase com outros seis jogos deficitários e com boas taxas a serem pagas a entidade organizadora.


Pensa que para por aí? Não. Destes dezesseis oito param e oito seguem em frente para mais seis partidas dentro de seu grupo para buscar uma vaga na semifinal e aí ficar perto do acesso, este ano sobem dois para a Segunda Divisão.


Resumindo: Para se chegar a divisão superior o time campeão ou o segundo ou terceiro colocados, que terão os acessos concedidos, terão jogado uma maratona de vinte e seis jogos, tudo o que a Ferj aprecia e se delicia com as taxas chegando aos seus cofres.


Pobre futebol do Rio de Janeiro.

Comentários

  1. Às vezes tenho muita vontade de alongar esse assunto com o meu amigo Adilson, todavia, acho que não vale a pena, pois não existe nada mais amador do que esse futebol dito profissional da 3a. Divisão da FFERJ. Devido as inúmeras opções de laser que temos hoje, acho que esse futebol será sempre deficitário.
    Antes da fusão GB/RJ, Campos tinha um futebol profissional da liga local que na verdade era futebol amador, funcionava assim: os Clubes ditos profissionais (GOYTACAZ, AMERICANO, RIO BRANCO etc) pagavam um pequeno salário (menos do que o mínimo) aos atletas ou então arrumava emprego para eles, de preferência em banco. Na região noroeste Paduano, Floresta, Porto Alegre, Aperibeense, Nacional de Itaocara etc, eram clubes amadores que pagavam aos melhores jogadores do time um determinado valor acertado por partida disputada. Portanto, tudo como dantes no quartel do Abrantes, apenas os tempos são outros, hoje não despertando maiores interesses dos torcedores. / Abrs.

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  2. Na quinta-feira a gente vai ter tempo de sobra para botar o papo em dia e insistir neste assunto, no qual a gente tem a mesma opinião.

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  3. O Categoria foi 100% em tudo que escreveu, como sempre, com muita lucidez e clarividência nos seus comentários. Eu ainda peguei uma parte desse futebol amador que embalava a nossa região nos fins de semana com bons jogos e uma rivalidade pesada. abrs

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  4. Adilson, domingo cheguei em casa quase meio-dia. Liguei a TV, e pus no canal 34 como de costume para assistir jogos do interior paulista. Decisão de uma vaga na 1' divisão do Paulistão-2013, o jogo caminhava pros seus 53 minutos, e pura pressão do Atlético Sorocaba sobre o União Barbarense que tinha apenas 8 jogadores em campo. Aí, o juiz inventa um penalti. O placar estava 2x1 pra União, resultado que classificava o Audax-SP, clube-empresa do grupo Pão de Acuçar. O penalti convertido classificou o time de Sorocaba apadrinhado do Reverendo Moon, sujeito que tem como seu advogado no Brasil, o Sr. Marco Polo Del Nero - presidente da Federação Paulista (Fontes: http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2012/04/29/com-a-barriga-virada-para-a-lua/ e http://blogdojuca.uol.com.br/2012/04/cheiro-ruim/ ). Incrível coincidência e numa partida transmitida ao vivo para todo o país. Aí, lembrei-me do Rio de Janeiro, que temos na vaga pro Cariocão-2013, jogos ocultos e em lugares até sem torcida(testemunhas) e um regulamento que dá duas vagas usando uma tabela que ninguém vê. Antigamente, até o erro era romântico (os árbitros apitavam pro time da casa), hoje tudo pode ser intencionado, e se a FPF fez as claras, o que impediria sua filial carioca de fazê-lo as escondidas?

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