Sobre desfile no Sambódromo eu digo que...


Enquanto dominei o sono e pude ouvir no rádio a transmissão do desfile, fiquei diante da tevê para observar atentamente o que se passava no Sambódromo do Rio de Janeiro. Lá pelas duas da manhã, quando a orelha já pedia que tirasse o fone de ouvido, o sono já me vencia e a saturação da voz da apresentadora da Globo chegava a beira da irritação, resolvi virar de lado e “apagar” para que pudesse ter uma terça-feira melhor e aproveitar o último dia de folia.


Aproveitar o último dia de folia? Como se isto fosse permitido para quem optou por ficar em casa, vendo filmes, séries e futebol na televisão e deixou de lado a velha rotina dos carnavais de alguns anos atrás. 


Aproveitar o último dia de folia? Como se ir a praia, cantar um pouco de samba, beber umas cervejas (quando se tem um motorista especial) e visitar amigos e parentes, que por lá estão, fosse permitido para quem optou ficar em casa nos dias de folga propiciados pelo carnaval.


Vi alguns filmes legais, inclusive revi “O último samurai” e hoje vou assistir “Assalto ao Banco Central”, vi alguns jogos dos campeonatos europeus, carioca e paulista e me esqueci de programar Barcelona x Valência, pelo Espanhol, e por este motivo não vi o show de Messi no Camp Nou. 


Hoje já programei o aparelho da Sky para gravar CSKA x Real Madrid, em Moscou, pela Champions League já que pretendo ir até ao Farol de São Tome, visitar o Leandro e sua patota, ou ir até Grussaí, onde estão alguns amigos desde o início do verão, inclusive o casal Lucia e Joubert Cordeiro, recém chegados do frio europeu, que tem muitas histórias para me contar.


Enquanto tive fôlego eu vi, sem bebericar um gole de cerveja, o desfile das Escolas de Samba na televisão. Gostei da São Clemente, que inovou com um violino espetacular fazendo parte da bateria e levou um ótimo enredo e um animado samba para o Sambódromo. Vi também, com bons olhos e com entusiasmo, o desfile da União da Ilha, que em certos momentos me fez lembrar dos bons enredos dos anos 80.


Vi um Salgueiro complicado e repetindo erros do ano passado, que lhe tiraram o título do Grupo Especial. Carros gigantes e um gigantismo desnecessário dentro da avenida. No momento em que a Mangueira começava o seu desfile, que me parecia ser diferente dos anos anteriores, o sono começou a bater, como disse no primeiro parágrafo, e fiquei assistindo as inovações apenas em lances rápidos enquanto o sono não me dominasse definitivamente.


Li alguns comentários a respeito do desfile e concordo com todo mundo, principalmente com aqueles que não levam para o lado pessoal, falam o que sentem e deixam de lado aquela necessidade de encher a bola da Beija Flor, ficar com dó da Portela e malhar o desfile da Mangueira. 


Que vença a melhor e que hoje eu veja um bom futebol na televisão para encerrar o carnaval que optei a ter neste 2012.

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