Crônica de um dia de folga


Hoje é dia de bater papo, via telefone, com meus gurus ou com meus grandes personagens deste Papo de Bola, que estão sempre colaborando diretamente para o sucesso da coluna. Ermê Sollon é o xodó dos leitores. Ele, com seu estilo irreverente e sem papas na língua, ganha espaço e, pelo que me parece, dentro de pouco tempo terá sua coluna “Conversa de Botequim” de volta aos blogs e aos jornais.


Agora cedo, hoje acordei disposto a botar a conversa em dia, liguei para o Motta e disse que estaria saindo para Atafona, onde os amigos se reúnem e clamam por minha presença. “Dê um abraço na turma e diga a todos que estarei por aí no carnaval”, foi a única mensagem e única frase do amigo carioca, que de ressaca e ainda com sono, não quis conversa nem mesmo quando perguntei pelo Flamengo.


Insisti procurando alguém para um papo. Sollon está viajando para sua Miracema; Motta não quer conversa; Dona Bilu está em Guarapari, curtindo as férias de verão com os netos e bisnetos, afinal as filhas só dispensam a quase centenária senhora quando ela insiste em ir ao Engenhão ver o Botafogo jogar.


E por falar na minha quase centenária amiga, fã de carteirinha de Joel Santana, você, amigo da coluna, já viu o comercial do técnico para a Pepsi? Se não viu procure um link na internet e veja, você vai rolar de rir. 


No comercial, bem bolado pela agência do famoso refrigerante americano, Joel Santana é o tradutor de dois brasileiros, que se amarram em duas gringas, mas não conseguem chegar nas gurias. Joel, safo com seu inglês de “cais do porto”, foi lá e resolveu o problema dos rapazes e tudo acabou em festa para todo mundo, inclusive para o treinador, que com seu jeitão simpático de ser, agradou em cheio.


Estou louco para chegar a hora de partir para Guarapari, onde vou curtir merecidas férias, para saber da opinião de Dona Bilu sobre o comercial do Natalino. Ela, que não usa celular e nem tem telefone fixo na cidade capixaba, me aguarda na Praia do Morro para uma gelada e um camarão ao ponto.


Não tenho retorno das ligações para os amigos de Miracema e Pádua, talvez vencidos pelo cansaço da luta contra as enchentes resolveram dormir até mais tarde. Sebastião Marcos, triste com a venda de Cortês, avisa que não quer saber de desculpas dos dirigentes alvinegros: “Eu quero cantar é campeão nem que seja do Carioca”. 


Tá certo o meu afilhado, mas tem gente pensando como eu lá pelas bandas de Pádua. José Antonio, que agora faz parte de um novo grupo de motociclistas, que me foge o nome no momento, está p... da vida com Luxemburgo e, no contato rápido via celular, o primo diz: “Este cara deveria pedir as contas e ir treinar o Belenenses”. 


Sobre a chegada de um dos Love, seria Vagner? Seria Zé? Eu tenho uma opinião sincera e que já postei no Twitter para os meus seguidores opinarem: “O Vagner está valorizado demais e não vale tudo isto que estão tentando pagar. O Zé só seria útil se viesse com Neymar e Ganso, este com a bola que jogou em 2010, caso contrário seria mais um dinheiro rubro-negro descendo pelo ralo”. 


E, para concordar com o Zé Antonio, meu pitaco final seria este: Itamar, que chega ao Flamengo, seria uma nova versão de Val Baiano, Vanderlei ou outro qualquer que um dia chegou a Gávea com fama de “matador” e o que fez foi apenas “matar” o torcedor de raiva? 

Comentários

  1. Enquanto zombam do inglês que fala, O Joel vai faturando, agora como garoto propaganda. Parreira fala inglês fluente mas nem por isso conseguiu que a África do Sul fosse o primeiro país a promover uma Copa e cair fora na primeira fase. Não deu nem para a arbitragem, como em tantas oportunidades, desse uma forcinha. Joel é boa praça. abrs

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  2. Joel é um dos caras mais autênticos deste mundo da bola. O conheci ainda jogando no Vasco e sempre que vinha a Campos a gente batia longos papos no hotel.
    Aprendi a gostar de sua simplicidade e do seu jeito malandro, no bom sentido, de ser. É inteligente e sabe levar a vida na boa.
    Tá com o "boi na sombra", como dizem lá na terrinha.

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  3. Na Copa de 1998 eu estava trabalhando no Rio, para a Sportv. A produção convidou o Joel para participar do intervalo e final de uma partida. Os convidados ficavam em um restaurante com os repórteres. Ele topou, mas pediu para ficar com o celular na mão, mostrando toda vez que falava. Foi autorizado e quando pertun gei a razão ele foi direto:"não estou trabalhando e assim algum dirigente pode se lembrar de mim e ligar na mesma hora. Não vai precisar esperar mo final do jogo. Atenderei no ar"..rrss. Legal, não? rs

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