Triste eu? Não tenho motivo

Hoje amanheci tristonho,  com lágrimas teimando em cair pela minha face. Não tenho motivo para chorar ou estar triste em um sábado maravilhoso, com um céu de brigadeiro e um sol de matar de inveja europeu nesta época do ano.


Por que estou tristonho? Me perguntei em frente ao espelho do banheiro. Parece que de lá, do outro lado, veio a resposta que não gostaria de ouvir. “Você está longe de seus amigos de infância, de sua família e perto de quem você ama e te acompanha durante todos os dias, meses e anos, não há motivo para choro ou para tristeza”. 


Fiz um balanço do ano e vi que, realmente, estou afastado dos amigos de infância e da maioria da família. Porém, tem sempre um porém, ganhei um presente de Deus neste ano de 2012 e tenho que curti-lo muito mais do que os velhos e queridos amigos e parentes lá da terrinha.


Hoje é Natal e é por isto que me sinto assim meio borocochô e com um ar de quem precisa de carinho e companhia para um bom papo regado a uma boa cerveja, coisas que lá em Miracema não faltariam em momento algum, minha mesa na Kikina Chope, bem de frente para a rua, seria o chamariz para a chegada dos velhos e bons amigos e parentes.


Mas eu dizia que este ano está diferente por ter ganho um presente de Deus, em cinco de abril, e que transformou totalmente a casa e a família, claro que para o bem, a chegada de Luna, morena e bonita, foi para dar um molho especial aos nossos dias e a este primeiro Natal com a sua presença. 


Vale a pena botar uma cara de alegria e sair por aí, ao lado dos meus amigos de cá da nova terrinha, a procura de tudo aquilo que teria na minha Miracema. Vou sentir saudades das irmãs, dos cunhados, dos sobrinhos, primos e tios, mas, com certeza serão bem substituídos por filhos, nora e genro.


Luna, o meu presente de Deus, irá preencher todo espaço no coração deste que vos fala e de Marina, a vovó coruja, que já está na cozinha preparando nossa ceia de logo mais.