Holanda tradicional e Rio Reno fantástico




Chegamos ao país dos diques, do futebol e da família real Orange Nassal para dois dias de permanência. Segundo os entendidos, a parte mais bonita do roteiro traçado pela CVC. Entramos por Roterdam, cidade em que se encontra o maior porto da Europa e fizemos um pit-stop em Haia a sede do governo holandês e não a capital do país, que é Amsterdam. 


A dificuldade da língua, lá se fala o flamenco, o holandês. O povo é bilíngüe e fala, fluentemente, o inglês e,  podem acreditar, não gostam muito disto. A presença constante dos brasileiros por lá faz com que eles tentem se comunicar em nossa língua, afinal não é sempre que a grana entra por lá da forma que está entrando com os turistas do lado de cá.


Em Haia passamos pelo parlamento, onde um "educado" holandês fechou a porta na minha cara, fizemos umas fotos do centro da cidade e dos canais que cortam a cidade onde Ruy Barbosa um dia foi personagem principal da Corte de Justiça Internacional, cujo palácio foi registrado em fotos interessantes por todos da nossa caravana.


Na zona rural as explicações de como os holandeses venceram a guerra contra o Mar do Norte. Para explicar aos leigos que a Holanda, denominada por lá por Países Baixos, fica em média sete metros abaixo do nível do mar e conviver com o perigo das inundações fez com que o povo se unisse e transformasse toda costa de rios e praias em barreiras espetaculares, as quais chamam de dam, ou seja, diques.


Marken e Volendam são cidades ricas e que vivem da pecuária leiteira e da fabricação de queijos e chocolates, considerados os melhores do mundo. Nesta altura alguns já mostravam um cansaço normal para quem viajava há quase dez dias com programas intensos.


 A ânsia de comprar lembranças, souvenires ou ver de perto as tradições de Amsterdam, como seu tradicional Bairro Vermelho, onde a prostituição é liberada oficialmente pelo governo fazia com que a motivação voltasse e o caminho ficava bem mais bem ladrilhado para nossa passagem.


As jovens mulheres bonitas ou não, sensuais ou não, se expõem em minivitrines envidraçadas e apenas uma cortina, fechada quando estão a trabalhar, esconde o minúsculo quarto onde os homens buscam prazer e programas diferentes no Bairro Vermelho, um local onde a maconha é liberada e a luxúria se misturam com turistas de todo o mundo que ali buscam a foto proibida para exibir os seus amigos.


O gaúcho Luciano se perdeu, mas rapidamente se localizou e foi para o ônibus esperar a turma, talvez tenha levado bronca de Fernanda por olhar com interesse maior para as gurias das vitrines. Uma mineira, talvez da Tradicional Família Mineira, envolvida com aquele clima de sexo e drogas, desapareceu e deixou sua família preocupada por longos minutos.


Um telefonema, meia hora após o sumiço da senhorinha, o celular de alguém tocou e deu a boa notícia: “Dona “Fulana” já está no hotel, pegou um taxi e está por aqui bem acomodada”. Será que fugiu do programa alternativo traçado pela nossa guia Beatriz? 


Vinho, queijo e um passeio pelos canais de Amsterdam fecharam com chave de ouro nossa passagem pela Holanda. Companhias agradáveis e conversas inteligentes e olhares presos na arquitetura holandesa no entorno do canal, que data dos anos 1300 foi algo que deixou uma boa foto na máquina ou na retina.


Seguimos pela Alemanha e passamos por algumas cidades, eu disse passamos, como em Colônia, onde o tempo dado foi suficiente para entrar na Catedral de Colônia, dedicada a São Pedro e Maria, cuja construção foi iniciada em 1248, sofreu 14 ataques de bombas na Segunda Guerra Mundial, e foi completada em 1956. 


E para fechar o papo sobre esta viagem de doze dias por cinco países e 14 cidades, não encontro palavras para descrever o passeio de barco pelo Rio Reno, entre Colônia e Frankfurt, que nos deixou intensamente extasiado e com o peito sangrando lágrimas de alegria e a cabeça feliz por ver, sorvendo uma boa cerveja alemã, todo esplendor de um dos rios mais tradicionais da Europa.


De Frankfurt a São Paulo, de São Paulo ao Rio e do Rio para Campos, aonde cheguei por volta das 15 horas da segunda-feira, 14 de novembro, ainda pensando no roteiro e nos amigos que fiz durante todo trajeto, pena meu caro Alcione, que quando cheguei ao Brasil fiquei sabendo da vitória do seu Coritiba sobre o meu Flamengo. Tem forra em 2012.


Abraço a todos.

Comentários

  1. Adilson, seja bem vindo ao solo brasileiro e parabéns pelos relatos de sua estada no velho continense. abrs

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  2. Breve estarei por ai, para contar ao vivo as boas aventuras lá no velho continente. Abraço

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  3. Olá Adilson sou irmão do Alcione,pelo que meu irmão contou,vc éuma pessoa muito simples e gente boa,será sempre bem vindo na nossa casa, quando vier a Curitiba apareça!algaciraulas@hotmail.com

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  4. Valeu, camarada. Seu irmão é 10 e forma um belo casal com Denise, pena que durou muito pouco o passeio. Vamos nos encontrar em breve. Abraço

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