Nocaute técnico no Pacaembu

O Flamengo caiu como um time pequeno na noite desta quinta-feira, no Pacaembu, diante de um adversário que marcou bem seu único jogador lúcido e que provocou estragos na péssima defesa armada por Luxemburgo. Um time que não sabe se defender, não consegue criar e não tem jeito ou talento para chegar ao gol adversário, a não ser com a criatividade de Ronaldinho Gaúcho, não pode pensar em disputar título ou mesmo uma vaga para Libertadores.

O que se viu do Flamengo, em São Paulo, foi um arremedo de time de futebol. Deu pena assistir, mais uma vez, um Leonardo Moura em queda livre. Dá dó ver Willians correndo por todos os lados e perdido como o cego em tiroteio no Complexo do Alemão. É duro aguentar um Tiago Neves, inoperante, e um Deivid, isolado como um náufrago, no ataque armado por Luxemburgo.

Não é o Corinthians aquele time que a gente vê jogar e pensa: "Aí está o campeão". Muito pelo contrário. É um time limitado, mas sabe o que faz e tem um padrão de jogo definido. Uma defesa forte e atenta, uma dupla de volantes inteligente e que sabe sair para o jogo, um meia clássico e dois atacantes insinuantes sempre incomodando a defesa do adversário, além de uma torcida espetacular que joga junto durante noventa minutos.

O Flamengo se apequenou diante do líder do campeonato. Achou um gol quando o Corinthians era bem melhor, graças a Ronaldinho Gaúcho e seus lances geniais, mas se perdeu porque não sabia o que faria com a vantagem de um gol. Aliás, e a propósito, um time que conseguiu vencer apenas nove dos vinte e dois jogos disputados e que empatou outras nove, não pode sonhar com título, a não ser que o milagre ocorrido no Estadual do Rio, quando os adversários entregaram a rapadura, possa acontecer novamente.

O Flamengo vê, no retrovisor, Palmeiras e Fluminense encostando e o Internacional pedindo passagem. Domingo, em Macaé, se acontecer um novo tropeço, contra o Atlético Paranaense, eu duvido muito se Vanderlei Luxemburgo da Silva possa ter mais explicações ou se Patrícia Amorim terá argumentos suficientes para manter a comissão técnica, que se diz a melhor do país, mas há bastante tempo já fez água.

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