PRÁ QUEM TORCER NO DOMINGO?

Sexta-feira, naquelas conversas de botequim tradicionais no dia consagrado a cerveja, o assunto preferido não foi o futebol, afinal a bola está parada aqui pelo estado e, queiram ou não, enquanto a bola não rolar pelo Brasileirão a turma boleira não emite opinião, nem mesmo sobre as decisões dos principais estaduais do Brasil.

Há alguns anos, quando o Campeonato Nacional não tinha tanta divulgação ou este interesse todo da mídia e dos torcedores, até que dava prá discutir ou conversar na boa sobre os estaduais de São Paulo, Minas ou Rio Grande do Sul.

Hoje, com os seis clubes envolvidos na briga pelos títulos destes estados, jogando e brigando também pelo título do brasileirão, caiu um pouco aquele negócio de dizer “em Minas eu sou Cruzeiro” ou “em Porto Alegre eu sou Grêmio”.

Ninguém mais é torcedor do Santos, Palmeiras, Corinthians ou São Paulo, claro que há algumas exceções por aqui como o Leandro Dutra, sãopaulino, e Antunis Clayton, palmeirense, mas no geral, com outras exceções entre os mineiros, paulistas, gaúchos ou paranaenses que por aqui aportaram, não dá prá discutir campeonatos de adversários.

Porém, tem sempre um porém, uma regra que diz: Boleiro de verdade discute até campeonato grego. Ponto final. E lá fomos nós botar as apostas (valia uma gelada em cada decisão)e fazer a “fezinha” nos jogos deste domingo pelos estaduais mineiro, gaúcho e paulista.

Cravei Santos, Atlético e Internacional e justifiquei minha escolha. O Santos joga em casa, está embalado e precisa de confiança para entrar na reta final da Libertadores em alta. O Atlético Mineiro está mais tranquilo e vive sem a turbulência que agita a Toca da Raposa, e tem um diferencial no banco de reservas, Dorival Júnior tem melhor currículo do que o sem sorte Cuca.

Prá fechar cravei Internacional na decisão dos gaúchos e fiz a opção por simpatia. Será um jogo igual e com qualquer um podendo levantar o título. O Colorado, se jogar sem Rodrigo, fica mais favorito ainda. O Grêmio tem suas deficiências e o único ponto positivo é o fato de jogar em casa, mas como venceu no Beira Rio pode muito bem perder no Olímpico.

Apenas um pitaco e o palpite do meu genro, Adalberto Magno, confronta com o meu em Minas, onde ele, como mineiro, tem seu time de coração, o Cruzeiro, e em Porto Alegre acredita que dá Grêmio, e justifica: “Renato Gaúcho vai fazer história no Olímpico”. Em Sampa ele concorda comigo e crê na vitória do Santos “mesmo que seja nas penalidades”, confirma.

Tinha um encontro marcado com os amigos Batistinha e Amaro Lírio, no bar do irmãos Sidney e César, ali no cruzamento da Riachuelo com Saldanha Marinho, mas não foi possível comparecer por lá, os compromissos de avô me deixaram preso olhando a Luna e não pude ouvir a opinião de ambos sobre as decisões de domingo.

E o que pensa o Lenilson? E o Luciano Mota? O primeiro quer que Galo, Peixe e Colorado sejam os vencedores e o segundo torce pela Raposa, Peixe e Tricolor. São várias opiniões, mas, com certeza, nenhum destes torcedores citados terá dor de cabeça ou amanhecerá com gosto amargo de uma derrota na segunda-feira, já que ninguém está envolvido sentimentalmente nos grandes clássicos regionais deste último domingo sem campeonato brasileiro.

Em tempo: O Vasco ocupou boa parte da prosa de sexta-feira e, claro, quem não é vascaíno vai “secar” o time de São Januário na semifinal diante do Avaí. Faz parte da cartilha do torcedor.