OS HOMENS DA MÍDIA

O futebol opera milagres em seus bilhões de seguidores pelo mundo afora. Hoje, por exemplo, me vi diante de duas notícias bobas e que só ganham destaque porque envolvem notórios craques e seus famosos clubes.

Qual foi a repercussão da informação de meu médico, após a cirurgia cardíaca, que poderia este escriba tomar sua cervejinha de sexta-feira? Claro que nenhuma, apenas a boa receptividade dos amigos dos botecos, mas quando o médico "liberou" a cerveja nossa de cada dia para o Imperador, bem aí a história é outra.

Qual foi a repercussão, da grande mídia, quando Souza deixou o Corinthians e foi para o Bahia? Claro que nenhuma, mas a provável saída de Paulo Henrique Ganso do Peixe para o Timão deixa eufórica a metade da imprensa paulista.

E por aí a gente segue assistindo, na TV, lendo nos jornais e ouvindo as emissoras de rádio, que Vagner Love é um dos craques preferidos de Luxa, que David pode ir para o Santos e que o Flamengo ainda não emplacou. Tudo isto com um ritmo frenético demais para tentar passar para o telespectador, leitor e ouvinte algo que, se ficar de lado, terá a mesma importância se badalado.

Alguém aí sabe alguma cosa da vida particular de Lionel Messi? Podem me dizer se Guardiola está tendo algum convite para quando deixar o Barcelona? Não, mas com certeza a mídia está de olho em Cristiano Ronaldo e José Mourinho, os dois estãos sempre em ebolução, sabem por quê? Pelos mesmos motivos que levam Luxemburgo, Adriano e Ronaldo às manchetes, o tamanho do EGO.

Aqui, neste país de bajuladores, Muricy, Felipão e Luxemburgo têm muito mais valor do que Pelé, Zico, Didi e outros craques verdadeiros dentro e fora dos gramados. Bem, pelo menos esta é minha opinião.

Comentários

  1. Pura verdade, agora mesmo o nosso glorioso Ronaldinho foi homenageado pela ABL, coitado do Machado de Assis, é por essas e outras que nunca ganhamos o PRÊMIO NOBEL de literatura, enquanto Colombia, Chile, Peru e Argentina já ganharam. / Brasil...sil...sil... Que coisa Triste! / Com esses escritores nunca ganharemos o NOBEL , são muito medíocres. / Abrs.

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  2. Adilson, mais uma vez vc foi nota dez no que descreveu acima. Pra dizer a verdade, tem hora que dá até mal estar naquilo que lemos, vemos e ouvimos o que sai diariamente na imprensa esportiva brasileira. E ainda tem certos jogadores e também treinadores que se acham inatingíveis, não podem ser questionados e menos ainda criticados por suas atitudes dentro de campo. A vida particular do atleta só diz respeito a ele. Se dentro de campo ele responde às expectativas e cumpre o seu dever, o que se passa fora não nos diz respeito. Todo cidadão tem o direito de ter a sua privacidade.
    Como bem disse o amigo José Luis, a que ponto chegou a nossa ABL!

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  3. Mudando de assunto, a mandatária do Flamengo, a senhora Patrícia Amorim, que no ano passado pouco apareceu, os motivos nós sabemos por tudo aquilo que passou o clube, agora está quase que diariamente na mídia, aparecendo até mais que o Ronaldinho, com muitas promessas e às vezes falando algumas gracinhas sobre os rivais cariocas. Vamos deixar as chacotas e deboches para os torcedores que gostam, pois o cargo que ela ocupa não condiz com tal comportamento. A rivalidade tem que ser dentro de campo. Fora das quatro linhas os clubes deveriam unir forças para voltar a serem respeitados como antigamente. Francisco Horta revolucionou o futebol na década de 70 com várias trocas de jogadores que mexeu com o futebol carioca. O exemplo atual é o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, que pouco aparece e faz um bom trabalho, principalmente de marketing, o melhor entre os quatros grandes do Rio. Com a força da marca Flamengo, a presidenta e atual vereadora, preocupada em desmerecer os rivais e também nas suas ambições políticas, quer ser prefeita do Rio e posteriormente governadora, ainda não arrumou um patrocínio para a camisa do time. O clube não sabe tirar proveito da força de sua torcida, que é a maior do Brasil, e não a tem como uma parceira forte. A maior riqueza do Flamengo está em sua torcida, que veste a camisa até no dia seguinte a uma derrota, coisa que raramente se vê em outros times. Com administrações sérias, voltadas apenas para o bem comum do clube, o Flamengo seria uma das maiores potências esportivas do mundo. Não torço pelo Flamengo, sou vascaíno, mas respeito o clube como um todo. Como apreciador do bom futebol gostaria de ver os times do Rio fortes, inclusive o América, Bangu e os chamados pequenos, que tantos craques já revelaram para os grandes. Apesar de acompanhar o futebol a partir da década de 70, por tudo que já li, ouvi e coleciono, quem presenciou o que se passou nas décadas de 40, 50 e 60 são privilegiados por tamanha quantidade de craques que desfilavam pelos gramados da época. Craques que tinham amor à camisa, tornaram-se ídolos, não só pelo clube que atuava, mas também tinham o respeito e a admiração dos adversários. abrs

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  4. A Volta do Brak Miracema12 de abril de 2011 às 10:48

    O problema é que não se pode comparar o Ganso com o Souza e assim por diante....

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  5. Você deveria ter comparado Adriano comigo, meu caro Bak, nós temos semelhanças. Nenhum dos dois pode beber em excesso, um é safenado e outro é atleta profissional, deveríamos nos cuidar para vivermos intensamente os nossos rumos.
    Ganso e Souza, um é craque e o outro medíocre, um tem agente rico e o outro se perdeu pelo mesmo motivo que Adriano está se perdendo, noitadas e peso acima do normal.

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