EXCESSO DE JOGOS LEVA TIMES A FALÊNCIA

Ontem, em discussão de alto nível no Armazém do Lenilson, o tema em pauta era o custo de um time nos estaduais do Rio e como fazer para suportar o prejuízo.

Marco e Luciano, ambos Motta, pai e filho, eu e Ralph e Leandro, todos Dutra, pai e filhos, e Paulinho, um leigo, segundo ele, mas que gosta de ficar por dentro de tudo, conversavamos e buscavamos explicações para tantos jogos e o baita prejuízo dos clubes interioranos.

O Rio Branco, para conhecimento de todos, fará dezoito jogos nesta primeira fase ao custo médio de R$ 8 mil por partida e com uma renda de, pasmem, de dez por cento deste valor. Como fazer futebol profissional desta forma? Queria saber Paulinho.

Não encontrei explicações e fui buscar entendimento no antigo argumento do presidente do Americano, César Gama, que sempre me dizia que o alvinegro pagava prá jogar em casa e gastava muito para jogar fora do Godofredo Cruz.

Eu não entendia muito bem a colocação do dirigente, mas hoje sei das dificuldades que encontrou pelo caminho e como é complicado e dificil participar de uma competição oficial neste estado.

E o Goytacaz, como é que sobrevive? Quer saber Marco Aurélio. A pergunta ficou sem resposta, mas o certo é que pelo menos a torcida comparece nos jogos do alvianil e dá, pelo menos, para pagar parte da taxa de arbitragem, a grande vilã dos clubes interioranos.

Na segunda fase, da Segunda Divisão do Rio, serão mais vinte e dois jogos para cada classificado e quem chegar às finais completará o número absurdo de cinquenta (50) jogos no campeonato. Isto é futebol profissional?

Comentários

  1. Adilson se você todo dia for convidado para jantar com os milionários de Campos e dividir a conta com eles, provavelmente, ficará no negativo ao final do mês, mesmo para você que é mala cheia de dinheiro, como sabemos. / Isso também vale como comparação para os pequenos clubes profissionais da FERJ e de todo o Brasil. Esses Clubes, não têm dinheiro para comprar bolas, pagar arbitragens, manter seus estádios decentemente em condições de uso, pagar seus profissionais em dia, etc, o mínimo exigido para um Clube de futebol profissional. Reclamam dessas mínimas despesas e querem ser CLUBES DE FUTEBOL PROFISSIONAL? Não dá. / "EM FESTA DE JACU INHAMBU NÃO ENTRA" assim diz o sábio provérbio, ou então, quem não tem competência não se estabelece. / Os tempos são outros a realidade é outra. Exemplo: você que adora futebol, não é capaz de sair de frente da sua TV para ir ao estádio do Goytacaz que fica a dois passos de sua casa, imagina quem não gosta de futebol como eu. / Hoje com todo conforto, você tem futebol de alta qualidade na tela da sua TV de 42" em full HD, tem internet 24 h, tem Blu ray, música ao vivo à noite, shows, garotas e mais garotas, etc, e diante de tudo isso, vai querer sair de casa para ver pelada de Rio Branco, Goytacaz, Americano, Itaperuna, Aperibeense e outros? Em estádios com todo desconforto possível, violência, ingressos relativamente caros, transporte público deficiente, às vezes seu time disputando a parte de baixa da tabela. Isso não tem jeito. Não fosse o desvio de verbas públicas destinadas as coisas mais importantes dos munícipes, a maioria desses Clubes já tira parado há muito tempo. / Abrs.

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  2. De profissional esse futebol não tem nada. O amadorismo impera nas divisões inferiores. O profissionalismo está na classe dos dirigentes politicos, sempre levando vantagens em negociatas de todos os tipos. Os dirigentes bem intencionados, ainda existem e são poucos, acabam sendo atropelados pela tropa de elite do mal que formam um poder paralelo e logo afastam os mesmos. Tivemos um exemplo recente do caso Zico no Flamengo, um ídolo não só do rubro negro, mas do futebol brasileiro, que sofreu tamanha pressão e deixou o cargo que ocupava. abrs

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  3. Por isto que as vezez eu insisto em continuar escrevendo aqui no Blog. Dois pitacos destes, inteligentes e bem colocados pelo Zé Luiz e pelo Tadeu, completam tudo aquilo que penso e coloquei no comentário.
    Vcs são duas pérolas que tenho aqui no meu pedaço. Obrigado, amigos e pitaqueiros mor.

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  4. Tudo bem, porém, como você diz tem sempre um porém, no nosso próximo encontro eu aceitarei uma geladinha, tá? / Abrs.

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