O CRIADOR E A CRIATURA

Deixei passar um pouco a emoção para falar com a razão sobre dois treinadores, o criador e a criatura. Carlos Alberto Parreira, uma doce figura, homem educado, culto e com uma bagagem de fazer calar qualquer crítico. Carlos Caetano Dunga, triste figura, grosso, destemperado e com uma cultura abaixo do nível gaúcho, mas na bola um vencedor e dono de uma carreira, dentro de campo, de dar inveja.

O criador, Carlos Alberto Parreira, de quem Dunga herdou toda ginga de treinador, fazendo do esquema usado em 94, nos Estados Unidos, a sua principal arma para 2010, mostrou mais uma vez a sua elegância ao interpelar Raymond Domenech, o técnico francês, que recusara um aperto de mão sugerido por ele.

Cá prá nós, só mesmo um homem fino como Parreira para puxar o cara pelo braço e tentar lhe mostrar suas razões e explicar o que não fez (e não fez mesmo) o que ele, Domenech, estava pensando. Você não sabe? Explico. O francês diz que Parreira criticou o gol de mão de Henry e, teria dito, que a França não merecia estar na Copa.

Vamos a criatura, que como sempre se destaca pela grosseria e a falta de educação, além, claro, do linguajar pobre e sujo. Dunga, ao rebater críticas dos jornalistas, não se cala e não se digna a pensar, está sempre pronto para uma resposta grossa e mal educada. Já que se espelha tanto no ídolo e criador, por que não se enquadra e, pelo menos, tenta se comportar como o professor Carlos Alberto Parreira?

Se no campo de jogo a criatura, Carlos Alberto Parreira, está fora de combate, eliminado que foi com a sua África do Sul, resta agora a esperança de que a criatura possa repetir o feito (campeão em 94 como jogador) dentro de campo e oferecer o titulo ao seu professor e ídolo. O Brasil inteiro espera por isto, mas eu, sinceramente, não estou nem um pouco otimista.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Fla quebra rotina

Carioca 2023 -

Eis a minha seleção