A FEBRE DAS FIGURINHAS DA COPA

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Minha gente, desportistas de todo Brasil, com licença professor/doutor Luis Mendes: Este negócio de álbum de figurinhas da Copa do Mundo está ficando muito sério. Sexta-feira, naquela hora da gelada, lá no Braseirinho, um amigo nosso, na maior cara de pau, dizia que estava duro e que não tinha dinheiro para "vaquinha" das boas. Tudo bem, é gente fina e merece nosso respeito.

Até aí morreu Neves, como diria Mendes, a conversa rolou e o amigo, não peça prá dizer o nome, por favor, naquela cara de pau que eu falei acima, puxou o papo de figurinha e contou, com entusiasmo, que faltam poucas para completar o dito cujo, e que hoje (sexta) ganhara cem pratas por um trabalho e gastara 75 comprando figurinhas.

Dito isto a turma olhou com cara virada pro sujeito e o assunto tomou conta da mesa. Algum companheiro soltou que estava louco para fazer a coleção com o seu neto, mas a grana ia fazer falta na merenda para o guri levar para a escola. Outro comentou que já foi fissurado por álbuns e tem todos, cerca de dez, em sua casa. Eu até ensaiei contar os meus causos sobre as minhas manias, mas fiquei na minha e preferi olhar de cara feia para o amigo que gastou 2/3 de seu cachê de trabalho com as tais figurinhas.

É realmente uma febre, como mostrou a Intertv no RJ TV de ontem, e o centro da cidade de Campos está invadido por colecionadores "loucos por figurinhas". O Coliseu agradece e o Orlandinho bota a mão para o céu.

Comentários

  1. Claudia Estrella19 de maio de 2010 às 09:15

    Quando era criança, nem podia falar em colecionar figurinhas. Imagina se Dona Regina ía ter dinheiro prá isso. Entretanto, depois que comecei a me sustentar, coleciono álbuns de figurinhas de futebol. Em 2006 preenchemos 3 álbuns iguais, por não ter mais com quem trocar. Esse ano fiz jogo duro com as crianças, (figurinhas só por serviços prestados em casa) mas mesmo assim, só faltam 3 figurinhas prá completar o álbum. Até Junior levou figurinhas prá trocar com alunos. É muito divertido, mas há que se ter cuidado prá não comprometer a renda e não deixar a gelada de fora.

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